quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O ESTRANHO

O ESTRANHO
Belo Horizonte, 17-01-1977

Vivia num quarto trancado
Fazendo, ninguém sabe o que?
Talvez flores,
Talvez uma bomba atômica.

Seria um gênio?
Seria um louco?

Ninguém o compreendia.
Quem sabe ele descobriria
A formula da alegria?

Não saía para nada.
Lá dentro, comia.
Lá dentro, digeria.
Ninguém sabe como.

Um dia a porta abriu
E todos correram para ver...
Não havia nada,
Nem ele mesmo.
Provavelmente, ele consumiu-se.

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